Página

MAPA DOS VISITANTES DESDE O DIA 29/11/2009

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Filosofia Política: Cidadania e o papel do Estado

Quando lemos jornais, revistas, estudamos e estamos fazendo uma discussão política, uma das palavras que mais se ouve é esta: cidadania. O que é cidadania?

Entendo cidadania como o direito à vida em plenitude. Só de o ser humano nascer, mesmo que ele não faça nada na vida, o Estado tem a obrigação de lhe dar o básico para a sobrevivência. Quem questiona isso, deveria questionar também a falta de democracia com relação aos bens dos ricos. Por que uma pessoa que nunca fritou um ovo na vida, tem o direito de herdar a fortuna dos seus pais? Isso, não é, por acaso, uma monarquia absolutista hereditária? Afinal, são poucos os que podem dizer que ficaram ricos sem explorar o trabalho alheio.

Um cidadão tem o direito à vida: logo, para que ela possa se desenvolver em condições dignas, o cidadão deve ter saúde, educação, habitação, política de pleno emprego, segurança, participação política, e participação na riqueza que ajudou a produzir. Isso é o básico. Não estamos falando numa social-democracia do tipo sueca, norueguesa ou dinamarquesa. Estamos nos referindo à cidadania básica. Ou a sociedade fica boa para a maioria absoluta das pessoas, ou situação não ficará boa para ninguém. Porque a violência que ora vemos no país, é fruto da distribuição de renda à força. Isso para mim é básico.

O Estado, a meu ver, nas três esferas em que é representado, tem esse papel. O Estado deve intervir para ajudar as pessoas mais carentes. Quando não há esse tipo de preocupação, quem paga a conta são os mais pobres. Os ricos se protegem como podem. Os pobres não têm para onde ir. O Estado não deve ser um aparelho para garantir a propriedade dos ricos. Deve intervir com políticas sociais para promover o bem comum. Qualquer partido que tiver essa cosmovisão terá o meu apoio. Todavia, na política não há espaço mais para experiências extravagantes. Não se pode mudar as coisas sem o apoio da sociedade. E a sociedade, quando é devidamente informada, sabe o que é melhor pra ela. Mágica existe só em circo. E a economia não pode ser picadeiro para truques de verbos sobrenaturais.

O Estado, a meu ver, não deve ser um gigante e muito menos um anão. Deve estar a serviço de toda a população. Os impostos que todos nós pagamos, deve retornar em forma de benefícios para a população. É o mínimo que um ser humano merece para desenvolver todas as suas potencialidades.

Texto: Marco Aurélio Machado

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

BIG BROTHER E LIBERDADE!

Este assunto sobre o Big Brother não se esgota facilmente. Na verdade, daria para se escrever um livro, diante de tantas questões que podem ser analisadas e criticadas.

Vejamos um pouco sobre a liberdade. Até que ponto estamos abrindo mão da nossa liberdade, em nome da segurança? Um assunto que para a maioria não tem relação, oculta uma questão importantíssima a respeito da liberdade e de uma suposta segurança. Acostumamo-nos à vigilância constante, num programa que, aparentemente, é de puro entretenimento e falta do que fazer, e não nos interrogamos e nem questionamos o que está implícito: a presença das onipresentes, onipotentes e oniscientes câmeras espalhadas no programa. Cada gesto, palavras, sussurros e intrigas são captados por esses novos deuses(demônios), cujo objetivo é deixar os novos seguidores ajoelhados diante do novo altar religioso: a televisão.

O que parece que ainda não nos demos conta, é o que está implícito. O sistema precisa saber sobre os nossos pensamentos, desejos e sentimentos. Sem isso, o que seria do capitalismo? Ele precisa inovar-se; renovar-se; reinventar-se; gerar novidades ad infinitum. Todavia, isso tem um preço. Qual? Em nome de uma suposta segurança, abrimos mão da liberdade. Sim, porque o Big Brother está presente no mundo inteiro, em forma de câmeras que nos filmam em todos os lugares: nas ruas, nos shoppings, nos bares, nas lojas, nas praças, nos restaurantes, nos supermercados, nas farmácias; no trânsito; nas repartições públicas, nas nossas casas, via satélite, para rastrear veículos, e mais uma série interminável de exemplos poderiam ser colocados aqui.

A continuar assim, logo o atual sistema vai querer colocar chips no nosso cérebro. Saberão o que pensamos, sentimos e até mesmo quais as possíveis ações cometeremos no futuro. Em nome da segurança, seremos presas fáceis do atual sistema que já nos faz de robôs há muito. Dessa forma, a palavra liberdade cairá em desuso, sairá aos poucos dos dicionários e com o tempo, quando alguém falar em liberdade, a mídia dirá que é um "neologismo".

E a Filosofia? É inútil! Ela não serve para nada! Pois é...Uma reflexão sobre a liberdade não serve para nada, não é mesmo? E a massa? Vai para a galera! Amém!!

Texto: Marco Aurélio Machado