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sábado, 4 de agosto de 2012

O PODER POLÍTICO!

O poder é um verdadeiro maná dos deuses para o homem. Ele está nas palavras, na hierarquia das classes sociais, na economia, na cultura, na ideologia, nos meios de comunicação, na religião, na ciência, na técnica, na tecnologia, mas, principalmente, na política. O poder político é o fundamento de todos os outros poderes, porque ele tem a "legitimidade", o monopólio da força, e as suas consequências mais nefastas e desastrosas. O poder é onipresente: está em toda parte. Onde houver duas pessoas conversando, haverá, sem dúvida, relação de poder. O homem deseja o poder como o "demônio"deseja almas para um "passeio" no inferno."

Pouquíssimos homens ( e mulheres ) desejam o poder como um meio. O poder como meio é para promover o bem comum dos cidadãos e cidadãs. Existe o poder como um fim em si mesmo para a promoção do bem comum? A meu ver, não. Por quê? Porque o poder como meio é um instrumento de ideais nobres e altruístas. O poder mesquinho, egoísta, bajulador, ambicioso e perverso não é um meio, mas é um fim em si mesmo. O poder pelo poder é, em última análise, o poder como um fim. E, infelizmente, são os homens e mulheres mais despreparados que normalmente gostam do poder como um fim. O poder pelo poder significa privilégios para uma minoria e a desgraça da maioria. Geralmente, com o consentimento da própria maioria...

Se o cidadão comum soubesse a importância do poder político, não daria o seu voto sem conhecer profundamente o candidato ao poder. O homem que ainda não conseguiu domar os seus instintos mais primitivos não deveria desejar o poder. Todavia, ele o deseja justamente porque há uma ambição desmedida e o ódio pela reflexão racional. Aliás, Platão já preconizava mais ou menos isto. Para ele, o governante que ainda não dominou a ganância, o egoísmo, a ambição, numa palavra, o homem que não tem autodomínio e sabedoria não poderia nunca ser governante. Para governar os outros, antes é preciso governar a si próprio.

E quem disse que alguém chega ao autodomínio e à sabedoria sem sacrifícios? E quem deseja o poder pelo poder, ou seja, o poder como um fim em si mesmo, quer atalhos para prazeres e privilégios pessoais. O poder político como meio exige, ao contrário, desprendimento, espírito de sacrifício, generosidade. Ele tem o dever de estar a serviço do povo.

O poder político é tão importante, que alguns governantes do mundo tem o poder de acabar com a fome e a miséria no mundo, assim como têm o poder de fazer uma guerra atômica e mandar este planeta pelos ares. O poder político pode resolver os conflitos por meio da diplomacia ou da força militar. Quando a razão se despede, a força bruta das armas faz a alegria dos poderosos de plantão. Eis o poder político despido das belas palavras...

Texto: Marco Aurélio Machado