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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

REFLEXÃO FILOSÓFICA SOBRE O AMOR E A PAIXÃO!

O amor é uma ação sem motivo e que não depende do pensamento e nem do sentimento. Se uma pessoa for capaz de amar um único ser neste mundo, amará todo o UNIVERSO. O amor é incondicional; não exige reciprocidade.

Ainda quero encontrar uma só pessoa capaz de amar. Só uma. Mais: fazer o bem neste mundo para querer ganhar mais no PARAÍSO, não é amor. O amor não pode ser meio para coisa alguma, ele foi, é, e sempre será um fim em si mesmo. Quem ama de verdade? Não sei. Nunca conheci ninguém com essa capacidade.

Uma ação dedicada ao próximo tem que ser isenta de querer ganhar um lugar ao lado de Deus. Se quero ganhar, em última análise, amo de verdade? Sou capaz de me sentir UM com o UNIVERSO? Há amor quando digo EU? Posso desfrutar sem querer ser o dono? Difícil, meu caro. Ainda não encontrei o dito(a) cujo(o) que ama. Quem sabe um dia...

Quem busca, acha? Como buscar o que não se conhece? O amor pode ser representado por conceitos? Quem busca, por acaso, não deseja? Quem deseja, não quer satisfazer o desejo? Quem quer satisfazer o desejo, não quer ganhar? Quem quer ganhar, não é egoísta? Quem é egoísta, ama? Como já dizia Krishnamurti:"Se pego o vento, foi mesmo o vento que peguei"?



Para fazer uma analogia: ALGUÉM pergunta às crianças quando brincam, se elas são felizes? Se perguntasse e elas parassem de brincar para responder tal pergunta, elas saberiam dizer? Se soubessem dizer, a representação conceitual seria o mesmo que a felicidade em ato? As crianças são felizes em ato; são inocentes, e mesmo quando "brigam", daí a pouco estão brincando novamente. O que faz um adulto ao ver tal fato? Diz que elas não têm vergonha na cara, pois brigam e daí a pouco estão brincando. Mas quem de fato gera o ódio e a falta de amor no mundo? Por acaso, não são os adultos que ficam ressentidos, magoados e vingativos?

Se fôssemos tais quais as crianças saberíamos o que é o amor; seríamos inocentes, faríamos perguntas inocentes e puras. Mesmo quando brigássemos, logo faríamos as pazes. Teríamos um AMOR em ato. A meu ver, a única forma de amar. Se eu continuo com a idéia de separação, de não ser UM com o Universo, nunca serei capaz de amar verdadeiramente. Eu penso assim, por isso, ainda não encontrei um ser humano capaz de amar. Pode ser que um dia ainda o encontre. Quem sabe...

Quantos dizem ser espiritualistas, amorosos, altruístas, generosos e magnânimos, contudo, na primeira crítica que se faz a tais pessoas, dizem que partimos para o AD HOMINEM, que somos desonestos, colocam o nosso caráter em dúvida, manipulam os incautos com retóricas baratas, enfim, aqueles que mais falam a respeito do amor, da fraternidade e da solidariedade, muitas vezes são os que menos as têm. Daí a importância de não levarmos as comunidades virtuais muito a sério. Podemos "brigar" via Orkut, mas só podemos saber quem é uma pessoa de fato, no convívio social. As atitudes devem ser avaliadas pessoalmente; olhando nos olhos. As nossas atitudes devem confirmar o nosso discurso e não o contrário. Muitas pessoas no Orkut ficariam envergonhadas ao conhecer alguns seres humanos pessoalmente.

Os maiores pilantras e golpistas que têm por aí são DOCES e refinados que é uma "beleza". Quando se pensa que não, já se perdeu tudo para eles. Bens materiais, nesses casos, são o que têm menos valor: a nossa honra e dignidade são os nossos maiores patrimônios.

Para mim o amor está naquele nível que eu coloquei. Há outros sentimentos menos nobres, tal como uma paixão de tirar o fôlego, o carinho, o afeto, a amizade, mas todos eles, a meu ver, não são incondicionais, como é o caso do AMOR. É justamente isso que estamos tentando definir: O QUE É O TAL AMOR? Se eu não sei do que estou falando, como posso me exprimir? Eis a questão. Não é tão simples, aliás, nada em Filosofia é óbvio. A meu ver, não conheço nenhum ser humano capaz de amar no nível que me expressei. Ninguém.

Diante de um amigo numa situação difícil posso oferecer a minha solidariedade, apoio, etc., mas penso que isso está muito longe do tal amor.

Quantas vezes eu já vi alguém dizer que morria de amor por uma pessoa e na primeira oportunidade, se separava... Se o amor acaba, por acaso algum dia foi realmente amor? Eu penso que não. Todavia, por convenção social usamos a palavra amor como se fosse uma palavra qualquer. A minha visão do amor é muito ampla. Ela está relacionada com todos os seres, portanto, não é direcionada a uma pessoa, situação, ou objeto. É ser um com o UNIVERSO. É perder a sensação que temos uma individualidade, um EU separado. É ser um com o UNIVERSO sem a necessidade de um DEUS. Mais: só assim, a meu ver, haveria o amor, pois seria capaz de agir sem esperar nada em troca e sem querer uma vaguinha no céu. Daí a importância de não se colocar uma religião ou DEUS nessa história. O amor é um fim em si mesmo, não pode ser um meio para que eu ame, no íntimo, só o meu umbigo.

Não posso amar como se fosse um jogador de futebol. Beija o escudo de um clube e no outro dia está jurando amor a outro clube, e, assim, até encerrar a carreira...

Um amor direcionado apenas ao outro, na verdade, não é amor, senão vejamos a seguinte situação: suponha que eu "ame" uma pessoa, mas ela não deseja ficar mais comigo. Eu insisto, insisto, peço mais uma chance e a pessoa cede. Eu resolvi o meu problema, mas a pessoa que eu "amo" está triste ao meu lado. Isto é amor? Nunca, pois na verdade eu amo só a mim mesmo; sou um tremendo egoísta, porque por não querer sofrer, faço o outro sofrer, já que a pessoa não deseja mais ficar comigo. Eu gosto de quem na verdade? Gosto de mim, nada mais. É o EU elevado ao simples MEU. Se amasse de fato essa pessoa, a liberaria, mesmo que eu sofresse. Mais: desejaria que ela refizesse a vida e fosse feliz. Quantos são capazes de fazer isto? Poucos. Eu ainda não os conheci.

Agora e se a situação fosse esta: se eu quisesse terminar o relacionamento e a pessoa chegasse antes e terminasse, eu, por acaso, não ficaria feliz? Afinal, eu já queria terminar e a pessoa nem me deu tal trabalho. Mais uma vez eu estou pensando em quem? Em mim, é claro, estarei livre e sem desgaste. Simples! Somos iguais aos sapos: EU, EU, EU, EU, EU, EU, EU, EU. Cadê o outro? Existe como satisfação para meu EGO. E ainda falam sobre o amor.

Eu penso que o amor seja o que escrevi acima, contudo, para mim, tal amor é amor de "anjo". Como não acredito em anjos  nem nos demônios, ficarei com um amor humano e tão somente humano. O que não pode faltar é tesão. O que resto se resolve!!
Texto: Marco Aurélio Machado