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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Filosofia - Ontologia Marxista

A ontologia marxista é a relação do seres sociais(homem) com a natureza para transformá-la pelo trabalho. São as relações sociais de produção as responsáveis por tornamo-nos humanos. Não somos humanos. Tornamo-nos. Sem produção econômica não há barriguinha cheia, logo, não há filosofia, ciências, artes, religião e cultura. O homem é essencialmente um ser social. Mas essa sociabilidade não acontece no plano dos conceitos. Ninguém sobrevive se alimentando de conceitos. Ao se relacionar com outros seres humanos e se organizar para produzir a sua subsistência material, o homem torna-se homem. Isso é a ontologia marxista. Quando o homem não percebe isso, está alienado. Inverte as coisas e fica procurando a essência das coisas numa metafísica que se alimenta de idéias. Se apenas as idéias sustentassem o homem, Marx não precisava ter detonado o mago das idéias: o senhor Hegel e a sua diarréia cerebral.

Muito antes de a Filosofia existir os homens tinham que se organizar para produzirem a sua subsistência material. Isso é ontologia. Sem relações sociais de produção não há possibilidade nenhuma de o homem sobreviver. Sem produção, consumo e reprodução da vida econômica, não há possiblidade de existir seres humanos. A meu ver, essa forma de pensar é fundamental. Infelizmente, o capitalismo se apropriou dos meios de produção e aquilo que poderia ser a redenção humana, ou seja, a tecnologia, está a serviço de uma minoria para explorar a maioria desprovida de tudo, mormente, da sua dignidade. E ainda dizem que o trabalho dignifica o homem. Deveria dignificar, mas no atual sistema, "coisifica". Lamentável...

Fico perplexo com toda doutrina filosófica que inverte a ordem do mundo. Uma corrente filosófica que dá mais valor à palavra, ao conceito, ao pensamento, é uma fábrica metafísica de comércio de ilusões e fantasias. Eu nunca mastiguei uma ideia. Não sou feito de luz, ora bolas...

Texto: Marco Aurélio Machado