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sábado, 2 de outubro de 2010

IDENTIDADE EM MOVIMENTO!

Eu? Quem é o EU? Ele existe? Se existe, tem uma identidade imutável? É uma alma? Uma alma que, supostamente, existiria em uma outra dimensão espiritual? Será? Duvido.

Eu tenho muitas dúvidas. Talvez, não seja, por acaso, que eu goste tanto do ponto de INTERROGAÇÃO (?). Não consigo conceber um suposto "EU", separado do conjunto dos meus pensamentos. Não sei como alguém pode explicar um "EU" pensando e ser diferente dos próprios pensamentos. Como pode um "EU" pensar, se ele não é também pensamento? Como pode algo que é dinâmico e está em constante movimento, ser uma entidade central e imóvel? Como se pode ver, as perguntas não param. A ideia de um "EU" imutável, que pensa sem ser pensado, é absurda e contraditória.

Penso que a situação supracitada faz nascer o medo e a superstição. Inventamos crenças e criamos deuses aos montes, para que possamos nos sentir seguros. Construímos as nossas gaiolas, a trancamos por dentro e jogamos a chave fora.

A Filosofia é, a meu ver, a única chave que temos para abrirmos a gaiola e voarmos. Entretanto, o que pode ser a solução, pode também ser o receio de enfrentar o nosso pior inimigo: as algemas fabricadas pela nossa estupidez e ignorância. Viver no mundo das trevas é o mesmo que odiar as perguntas e aceitar explicações tolas e infantis, principalmente, por parte daqueles que também estão no abismo, mas não sabem que estão. Estes são as piores companhias, pois cegos de "nascença" não podem saber o que é a luz do sol. O conceito de sol, por mais belo que seja, se for dito por um cego de nascença, não terá o mesmo valor, comparado aos olhos de uma criança inocente que percebe o sol como um fato.

O grande dilema humano é tentar explicar o mundo. Compreende muito mal esta realidade material, mas quer explicá-la por algo que compreende menos ainda: UM SUPOSTO DEUS. Prefiro a minha ignorância sobre o assunto. Sei muito pouco e sei que sei muito pouco...Todavia, sei como poucos, a arte de fazer perguntas, de me espantar e de me admirar com a minha própria ignorância...Eis o motivo da minha paixão pela FILOSOFIA, a luz da minha vida!!!

Texto: MARCO AURÉLIO MACHADO